sexta-feira, 23 de março de 2012

ritual de sacrificio maia parte 2


O sacrifício humano, na América pré-colombiana, era uma prática religiosa realizada no contexto de certos cultos praticados pelos povos indígenas das Américas. Foi documentado tanto pelos códices quanto pela iconografia pré-colombiana em geral. Ainda que os casos mais notórios sejam os ocorridos na área mesoamericana, sua existência foi provada também nas regiões habitadas pelos incas e noutras partes do continente. A prática do sacrifício humano nas religiões indígenas foi questionada desde a chegada dos europeus à América, no século XVI, existindo evidências documentais e histórico-arqueológicas suficientes para confirmar a sua existência.

 
Sacrifícios humanos mostrados no Codex Magliabechiano.Apesar de bem documentada e registrada nas sociedades das Américas Central e do Sul, a prática do sacrifício humano ainda está envolta em algum mistério; as exatas ideologias por trás do ritual ainda são desconhecidas; as teorias mais aceitas indicam que as vítimas eram executadas como forma aplacar determinados deuses.A prática do assassinato ritual de seres humanos foi comum a diversas culturas do mundo antigo. As vítimas eram mortas de maneira ritualística, como oferenda, ou de maneira a apaziguar os deuses, nos mais diferentes contextos. Existem evidências arqueológicas de sacrifícios humanos entre os celtas da Idade do Bronze, e em rituais relacionados à adoração dos deuses entre os povos germânicos na Escandinávia. Os antigos hebreus teriam praticado sacrifícios em épocas pré-bíblicas, e a história de Abraão e seu filho Isaac sugere que a certo momento houve uma ruptura com a prática.
 Escavações no palácio real de Cnossos (dito "do rei Minos") apontaram evidências arqueológicas de sacrifícios rituais, e os romanos, cuja religião havia sancionado o sacrifício humano durante os primeiros séculos da existência de Roma, acusaram Cartago, durante as Guerras Púnicas, de sacrificar crianças com o intuito de aplacar seus deuses. Na Índia por muito tempo existiu a prática do ritual chamado Sati, em que a viúva deve se lançar sobre a pira funerária de seu falecido marido - prática que ocasionalmente ainda ocorre em áreas rurais do país.
Os olmecas foram a primeira grande civilização da Mesoamérica. Embora as evidências existentes de sacrifícios de crianças entre eles não tenham sido irrefutáveis, diversos esqueletos completos de recém-nascidos e de fetos foram encontrados, assim como fêmures e crânios, foram encontrados no paul sacrifical de El Manatí, em Veracruz, no México. Estes ossos eram associados com oferendas sacrificatórias, em particular bustos de madeira. Ainda não se sabe como estas crianças vieram a morrer.
Alguns estudiosos também associaram o sacrifício de crianças com a arte ritual olmeca que mostra "bebês-jaguares", como no Altar 5 de La Venta, em Tabasco, México, e no monumento de Las Limas; porém, respostas definitivas só virão com novos achados.Entre os maias, o sacrifícios de prisioneiros recriava a sua cosmogonia, e ocupava um papel central na ideologia dos soberanos. O arqueólogo e antropólogo americano Michael D. Coe exemplifica a grande mudança produzida pelos novos estudos da civilização maia, desde que os seus hieróglifos foram decifrados.
Agora é surpreendentemente claro que os maias da época clássica, e seus antecessores do Pré-Clássico, eram governados por dinastias hereditárias de guerreiros, para quem o auto-sacrifício, o derramamento de sangue, e o sacrifício da decapitação humana, eram obsessões .

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