Assim que cheguei a faculdade vi que havia algo estranho, a maioria das pessoas estavam no lado de fora. Decidi procurar meu grupo de amigos, logo na entrada havia uma vela em cima do balcão da recepção, ela ja estava quase acabando e sua luz estava fraca e pouco iluminava o grande pátio. Um pouco antes de entrar no palco existe um corredor com cadeiras de frente um espaço utilizado como garagem aberta, de frente também à outro corredor que leva a biblioteca, numas das cadeiras estavam meus amigos. A chuva daquele dia, havia afetado a fiação do colégio e dado um curto na rede de energia, só sobrando as de emergência em alguns lugares, não haveria aula se até as 19h30 isso não tivesse sido resolvido.
Ainda faltava tempo e estavamos todos entediados decidimos ligar nossos celulares e sentar no pátio, nele ainda restava iluminação de fora. Como todo grupo conversamos um pouco, brincamos, até que eu e minha amiga Liz decidimos olhar os ambientes da faculdade ja que não tínhamos nada para fazer. Esse pátio era grande e dava acesso a vários lugares, um deles bem ao nosso lado era o teatro, este até chegamos abrir as portas e dar dois pequenos passos para dentro, porém a escuridão era total e a sensação que tivemos tentando entrar foi o bastante para recuarmos e fecharmos a porta. Não contentes fomos ao primeiro corredor de salas de aula. Estavamos na sua frente e não conseguiamos dar um passo, pode ser que a escuridão e a claridade opaca da vela que estava perto do local desse um ar sinistro, mas o fato não queriamos andar pela faculdade sozinha, chamamos a Sadie e Arthur, caminhamos um pouco até brincamos com o corredor e as formas de sustos que podiam ser provados, até que vimos o espelho de uma das salas, ele cobre toda a parede e fica de frente para todas as carteiras, com um sobressalto saimos de perto, algo nos incomodou muito ali. Voltando ao pátio vimos as escadas que levam aos pisos inferiores. Era um pequenos jogo de degraus completamente escuros que levavam ao um corredor bifurcado, ao lado mais um jogo de degraus para outra ala de salas e a quadra poliesportiva, no espaço entre as escadas uma luz de emergencia brilhava forte dando a cena um efeito mais trágico. Percebi que todos estavamos com medo e mais dois amigos haviam se juntado a nós, numa atitude infantil apostei com eles que ninguém ali tinha coragem de chegar a quadra. Não deveria ter feito isso. Todos concordaram, nosso primeiro susto foi uma pessoa subindo daquele breu, ao que parece um dos funcionários da instituição apenas. Descemos, todos com muito medo, quando chegamos em frente ao corredor bifurcado, a Alice viu algo se mexendo no final do corredor. Falamos que não tinha graça querer nos assustar, mas ela insitiu e quando forcei a visão vi uma luz rápida sob o teto, onde não havia nem ao menos lâmpada, foi assustador. Uma luz rápida olhei para o lado ninguém mais parecia ter visto, encontrei o olhar da Liz ela me falou baixinho "Eu também vi". Decidimos continuar logo, sem problemas chegamos a quadra, todos dando vivas e respirando aliviados. Até que acabei com a alegria deles " Legal gente, agora temos que voltar!". Todos se desanimaram instantaneamente, na nossa frente agora degraus que levavam para a escuridão, um relexo estranho chamou atenção de todos, era uma janela que dava acesso ao corredor que Alice havia visto alguém, era como uma luz ligada mas que não iluminava o resto. Subimos rápido, percebemos uma movimentação na cantina, ela estava vazia e escura porém conseguiamos ver o contorno de tudo, as mesas, o balcão, tudo parecia estranho. Foi quando vimos um homem passar de um lado ao outro da grade. Um grito nos escapou e subimos rápido parando apenas quando tinhamos a luz de emergência perto do corredor bifurcado. Sentimos algo do corredor a esquerda. Com a última fagulha de coragem que tinhamos resolvemos ver o que era. Sadie não foi conosco, ela se recusou veementemente, decidindo esperar onde havia luz. Muitos ali não sabiam, mas Sadie tinha fobia de escuro, fiquei apreensiva afinal ela podia passar mal e estaria sozinha. Acabamos nos dividindo a Liz e o Arthur foram na frente a apenas uns passos, mas eu não os via mais. Passamos pelo ateliê e estavamos quase chagando ao corredor, eu não conseguia não olhar par atras e pensar na Sadie, foi quando vimos. A luz piscou e ficamos no fundo do breu. Apavorados nos agarramos, eu olhei para trás a procura de Liz e não a via, quando olhei pra frente a luz piscou de novo até que se apagou. Corremos de volta em pânico, subimos as escadas correndo. Sadie não estava mais lá! A encontramos no pátio branca e atônita. Ainda não voltamos la depois daquilo, não tivemos aula ontem nem teremos hoje e tenho medo do que será de nós na segunda-feira. Contei essa história apenas para Liah e deixei que a reproduzisse com a condição de não falar nossos nomes. Não sabemos o que a Sadie viu e o que vai acontecer, pode parecer estranho, mas vimos um homem e a sensação estava insuportável. Temo pelo que desencadeamos nessa noite.
Estou contigo para o que precisar amiga, Liah
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